segunda-feira, 27 de abril de 2009

Makes Me Wonder

Entrei pela porta do meu quarto e me deparei com a janela aberta. Já era noite, então a lua reinava aquele imenso céu azul marinho, com algumas poucas estrelas perdidas, que não brilhavam muito para não tirar a majestade daquela enorme luz prateada que iluminava meu quarto. Apenas a luz da lua iluminava meu canto, meu refúgio, meu esconderijo.
E por algumas horas fiquei ali, estático, olhando a paisagem pela janela. Não tem muitas coisas para serem observadas pela janela do meu quarto, apenas dois quintais vizinhos e várias luzes vindas de postes da rua. Curiosamente, aquele dia não estava movimentado, então fiquei sozinho com meus pensamentos, admirando a beleza daquela lua enorme, que muitas vezes parecia piscar para mim.
Como não é de se estranhar, logo começou a ventar. O vento durante a noite é comum aqui em Marília, mesmo durante o verão. Só que o engraçado é que o vento também parecia querer me dizer alguma coisa, pois com ele eu pude sentir um perfume que me trazia lembranças. Boas lembraças. Algumas noites de loucura. Poucas, porém memoráveis. Breves, mas que sempre deixaram vontade de quero mais.
Nesse clima místico fiquei por alguns minutos, sentindo seu perfume, lembrando do seu carinho, iluminado pela luz da lua. E não precisava de mais nada, pois eu tinha a sensação de que você estava bem ali, ao meu lado. E para mim você estava.

domingo, 19 de abril de 2009

Breathless

Existem. E sempre existirão. Existo. E estou aqui. E agora é a minha vez! Acho que já esperei demais. O que? Ou por quem? Não sei, mas acho que perdi muito tempo correndo atrás de algo que não valia a pena. Quero a sensação de conforto de novo. Felicidade não me falta. Aliás, me sobra. De goles, de gargalhadas, de baldes!
Um novo tempo. Talvez seja isso. E é melhor você aprender a me tratar melhor. O jogo virou: agora sou eu quem está no controle. Me deixe sozinho!
Essa noite quero aproveitar cada segundo, não importa como. Se você vier comigo, precisa me deixar sem fôlego.
Vejo a luz do dia chegando. Corra! Corra! Senão não vai dar tempo!
É a sensação de liberdade que me deixa feliz. O vento batendo no meu rosto quando dirijo com a janela aberta durante a madrugada, é poder conversar com meus amigos e dar muita risada sem me preocupar se estou parecendo tolo, é poder cantar uma música que eu gosto dentro do meu quarto sem me preocupar se os vizinhos estão ouvindo.
Você está ouvindo? Tem alguém chegando! Se esconda! Ou então fique, e logo inventamos uma desculpa das boas. E tudo isso será motivo de risada novamente.
Algumas coisas não tem preço. Outras, nada custam. Talvez estas sejam as mais memoráveis. Certamente guardarei os momentos de grandes risadas - sejam elas de alegria ou de nervosismo. Só sei que toparia passar por tudo isso de novo. Vale a pena. E sempre valeu.
E mais uma vez te pergunto: e aí, você vem comigo?

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Smile

Nem tudo é como parece ser.
Nem toda palavra é aquilo que o dicionário diz.
É isso? Ou aquilo?
É difícil de acreditar em algo quando não se conegue mais enxergar. Sabe aquelas horas que a emoção fala mais alto que a razão e você nem dá mais ouvidos aos conselhos que recebe?
Você me deixou esperando na chuva, você me deixou confuso.
E então toda aquela ansiedade começou a corroer-me, cortar a minha alma lentamente, quase que propositalmente, para causar mais dor, como se aquilo tudo fosse um meio de diversão.
Eu sentia muita vontade de sair correndo, confesso. Mas sempre a curiosidade é maior.
Acontece que não irei mais permitir que este método de tortura atrapalhe cada dia mais a minha vida. Vou viver do meu jeito. Fazer tudo do meu jeito.
Aquela vontade que eu sentia de correr para logo te encontrar, hoje tornou-se uma vontade de correr para não mais te ver.
Não que seja um modo de segurança, de certo modo sim, mas... segurança para minha saúde: descobri que você não me faz bem.
Sei que não vou te esquecer, ainda vou te encontrar várias vezes por aí. Tudo bem. Sempre irei guardar as lembranças boas.
Cicatrizes existem. Sempre existirão. São um tipo de lembrança que nos traz crescimento. E o crescimento sempre é bom, desde que não seja acompanhado do sofrimento.
Era justamente isso que não sentia. Sofimento, dor... nada disso!
Hoje, mais do que nunca, queria ser feliz. E estava sendo