quinta-feira, 12 de março de 2009

Try This

Desatinos, desencontros, surtos psicóticos e outras tantas situações rotineiras do nosso cotidiano. Eufemismo e efemeridades. Coincidências irônicas me assustam logo pelas primeiras horas do dia.
Vejo uma pessoa sofrendo em plena flor da idade. Palavras me fogem neste momento. Mãos trêmulas e suor frio em meu rosto.
Vontade de dobrar meus joelhos e rezar, pedir à Deus que tenha piedade de nós, pobres mortais e humildes de coração. Ritmo cardíaco acelerado. Frio no estomago (que já estava embrulhado, com ânsia).
Pra que tanta ânsia? Tente um pouco de relax, tente aproveitar mais o seu dia.
Como foi seu dia hoje? Espero que melhor que ontem.
Já não tenho tanta pressa e o sofrimento daquela pessoa já me parece desnecessário, opcional.
Um dia tudo volta para o seu lugar. Um dia tudo vai ficar como devia estar.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Question Existing

Fumei o último cigarro do meu maço, jogando as cinzas pela janela do meu quarto, cuja paisagem não mudava havia anos. Por mais quanto tempo ainda verei a mesma paisagem? O desejo de mudança não era novo.
Sentindo o vento bater no meu rosto, sinto vontade de sair correndo na direção dele. Para onde me levaria?
Já não consigo mais fumar um cigarro inteiro. Lembro me de quando um não era suficiente. Talvez seja preguiça. Não só de fumar, mas de lutar e achar tudo isso em vão.
Cansaço. Desânimo. Desejo de mudança.
Mais uma noite quente de fevereiro. Continuo vendo a mesma paisagem pela janela do meu quarto. Continuo desabafando comigo mesmo.
Mais uma vez o desejo pela mudança. Planos. Sonhos.
Correndo, em busca da felicidade – mesmo sabendo que ela surge quando menos esperamos. E mais precisamos.

domingo, 1 de março de 2009

Scared of Lonely

Gotas de chuva batendo no vidro da janela do meu quarto. Uma garrafa de whisky barato. Dedos mexendo o gelo dentro do copo, metade cheio do líquido.
No aparelho de som, meu cd preferido tocando. Na televisão, um jogo de futebol qualquer. Na cabeça, pensamentos sobre você e tudo o que acontecera na noite anterior.
A parede do quarto nunca foi tão branca. Já o meu coração, este nunca esteve tão marcado pela cor vermelha. Ardência e inquietude. Felicidade. Risos. Vários deles seguidos por suspiros. Gostaria de repetir tudo novamente, mas sabia que não seria tão fácil assim. Havia lutado o quanto julguei ao meu alcance; mais do que isso, humilhação.
Pra que? Pra nada...
Você se foi. Você irá voltar?
Dúvidas? Apenas porque eu não queria aceitar a verdade. Até que ponto a verdade existe? Até o momento onde a loucura entra em cena.
Todo o esforço já tinha sido feito. Agora, só me restava sair de cena. Mas a pior parte é aceitar o fim do espetáculo.