quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Don't Cry

Eu não queria dormir. Queria conversar com alguém. Sei lá, alguém... Ninguém específico. Sobre o que? Também não sei...
Uma ansiedade fora do comum. Uma louca vontade de consertar tudo o que estava errado.
Vontades e medos antigos. Erros antigos. Medo do passado. Do passado se repetir. Quero coisas novas. Quero uma vida nova.
Não quero fugir. Mas, às vezes, é difícil encarar a realidade.
Hoje sou melhor do que ontem? Amanhã será melhor do que hoje?
Escolhas... Corretas? Como corrigi-las?
Dúvidas. Muitas.
Ainda não encontrei ninguém para conversar. Apelei para um velho conhecido: cigarro. E uma velha amiga: a música.
Assim me sinto livre. Vícios que me libertam. Dualismo.
Me sinto igual o Arnaldo Antunes: me expressando através de palavras isoladas.
Sinto tristeza e sinto-me culpado por isso. Acho que não podia me sentir triste, mas sinto. Tenho motivos para estar feliz. Mas não me sinto completo.
O que será? O que? Que eu não acho...
Acabou o cigarro. Acabaram-se as músicas. Mas os sentimentos ficam. O medo fica.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Who you are

Um sorriso. Meio sem graça, mas um sorriso. O que está por fora nem sempre mostra o que está por dentro. Às vezes precisamos ser personagens, precisamos ter uma força que nem sabemos de onde tiramos.
Muitas vezes somos obrigados a agir de alguma forma que não queremos, mas precisamos fazer assim.
Nosso verdadeiro EU acaba se perdendo...
Lágrimas não significam que você está perdendo.
Se você olhar no espelho e não se reconhecer, então PARE! Nem sempre é fácil e às vezes está tudo bem em não estar tudo bem.
Sempre tentar. Sempre conseguir uma nova chance. 
Pode ser difícil seguir seu coração, mas seja verdadeiro, pois não há nada de errado com quem você é.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Like a Rolling Stone

Enquanto ando, mantenho minha cabeça abaixada. E sigo, olhando meus pés, que dão um passo de cada vez. No caminho, pedras, areia, calçada irregular... ou seja, vários obstáculos.
Continuo seguindo, pensando na minha vida, fazendo o cronograma dos meus próximos compromissos. Em meio aos meus pensamentos, penso na vida, no trabalho, na minha vida hoje, nas minhas conquistas.
Penso nas pessoas que estão na minha vida hoje, naquelas que a correria cotidiana me impede de ter mais contato. Também penso sobre as pessoas que, por alguma razão, não estão mais tão presentes na minha vida.
Enquanto ando, a vida segue. Passam carros pela rua, desconhecidos ao meu lado na calçada. A vida também passa. E é a única coisa que não volta atrás.
A vida é uma cruel vilã. É uma ladra, rouba muito de nós. Rouba o tempo, a beleza...
Ando e penso. O que devo fazer? É este o caminho carreto. É este? Andar, pensar e viver. Cansar. Andar e não parar. Parar se precisar. Mas não deixar de viver. Não deixar de amar. Sem pirar.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Quase sem querer

Durante muito tempo não tive insônia. Pelo contrário: deitava na cama e dormia com grande facilidade. Mas já faz algum tempo que tenho insônia. Muitas mudanças na minha vida. Boas mudanças, confesso. Porém, acho que não sou do tipo que aceita mudanças com facilidade.
E, você sabe, pensamos muito durante a noite. Nessas horas surgem várias ideias incríveis. E também surgem medos, surgem assuntos que havíamos deixado guardado na caixinha... Eles surgem nessas horas de insônia.
Penso muito sobre aquilo em que acredito. Penso muito sobre minha postura atual. Hoje não me preocupo se o que eu vejo, ninguém vê. Hoje não me preocupo tanto se sou aceito. Me preocupo em fazer o que acho certo. E acho que perdi tempo demais tento provar o que, na verdade, nunca precisei (aliás, nunca deveria) ter provado. Acho que eu acabei mostrando quem eu realmente sou.
E este sou eu.
Aceite ou não. Goste ou não. Este sou eu.
E acho que não estou errado.
Hoje, mais do que nunca, tenho certeza que não estou errado. Pelo contrário: nunca estive tão em paz comigo mesmo como estou hoje.
Paz. Qualidade de vida. Felicidade.
E, o principal: sem provar nada para ninguém.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Was I The Only?

Sei que as pessoas não são iguais, cada pessoa reage de uma forma frente uma certa situação. Porém, eu ainda me surpreendo com a forma como as pessoas reagem frente uma certa situação.
É difícil entender que uma pessoa pode ficar horas falando dos seus sentimentos, dizer que te ama, e você simplesmente não ter uma resposta.
Depois de algum tempo sem contato com um amigo, fui pedir desculpas e sua resposta foi: fiquei surpreso, chocado, não sei o que dizer. Então diga: sim, eu te desculpo!
Ver um amigo ou uma pessoa da família precisando de ajuda, qualquer tipo de ajuda, e saber que algumas pessoas simplesmente não se manifestam para ajudar.
Não sei se o culpado sou eu ou o culpado são os outros, mas eu não consigo reagir assim. Meus sentimentos são um pouco diferentes.
Na minha utopia, vejo que um dia irei dizer "eu te amo" e irei ouvir "eu também te amo". Irei dizer "me desculpa" e irei ouvir "não precisa pedir desculpa, já passou".
Vejo um mundo menos egoísta. Desejo um mundo mais solidário.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Suddenly

De repente senti um calor e acabei tirando a blusa que vestia. Não estava frio, mas o tempo indicava que iria chover em breve. E a tempestade começou dentro daquele quarto. Tempestade é exagero meu, foi apenas esclarecimento de algumas questões pendentes.
Foi uma tempestade, sim! Não esperava aquela conversa tão cedo, não esperava aquele ponto de vista.
Muitas coisas passaram pela minha cabeça. O que eu fiz de errado? Foi errado não fazer nada de errado? Fui muito depressa? Mais ouvi os outros do que ouvi a mim mesmo? Estaríamos nós seguindo uma estrada errada?
Não, errado eu sabia que não estava sendo. Ou é errado ser feliz? É errado fazer outra pessoa feliz? Errado é deixar de fazer alguém feliz.
Me perdi, saí de mim e tentei voltar. Tudo estava tão azul agora... E eu ali, deitado naquela cama, olhando para você, naquela cadeira, criando coragem e procurando as melhores palavras para aquela conversa. Eu sei que você não queria me magoar...
E então, depois do último beijo que te pedi, foi a sua vez de me pedir algo - talvez a única coisa que eu não pudesse fazer: você pediu que eu não sofresse.
Como cumprir essa promessa?
Isso estava me matando. E eu podia ver que você também estava morrendo.
E então eu já tinha dúvidas se eu te fazia feliz, se eu te fazia bem.
A única dúvida que eu não tinha naquele momento era que eu realmente te amava. E ainda te amo.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Postcard

Mãe, sinto tanto a sua falta. Não consigo acreditar que você não está mais conosco, é uma realidade muito difícil de aceitar. Cada passo meu dentro de casa me faz imaginar você vindo atrás, seja para conversar, seja para falar que eu deixei algo errado para trás.
Sinto falta do seu abraço, do seu beijo de boa noite, da sua voz preocupada ao telefone. Não te encontro mais sentada em frente à televisão enquanto eu não volto da faculdade. Não te encontro mais lavando louça na cozinha. Não te encontro mais quando preciso contar alguma novidade, nem quando preciso de um cafuné deitado no sofá assistindo televisão.
Sinto muita dor. Sinto um vazio enorme.
Preciso da minha amiga de volta. Preciso daquela que se preocupava com os meus passos.
Dói pensar que não irei mais segurar sua mão, que não irei mais te abraçar, que não poderei mais te dar um beijo de boa noite, que não verei mais seu sorriso, que não poderei mais passar a mão no seu cabelo e dizer: calma, tudo ficará bem... eu estou aqui, do seu lado.
O que será da minha vida sem você aqui?
Sinto muito a sua falta. Demais.