Enquanto ando, mantenho minha cabeça abaixada. E sigo, olhando meus pés, que dão um passo de cada vez. No caminho, pedras, areia, calçada irregular... ou seja, vários obstáculos.
Continuo seguindo, pensando na minha vida, fazendo o cronograma dos meus próximos compromissos. Em meio aos meus pensamentos, penso na vida, no trabalho, na minha vida hoje, nas minhas conquistas.
Penso nas pessoas que estão na minha vida hoje, naquelas que a correria cotidiana me impede de ter mais contato. Também penso sobre as pessoas que, por alguma razão, não estão mais tão presentes na minha vida.
Enquanto ando, a vida segue. Passam carros pela rua, desconhecidos ao meu lado na calçada. A vida também passa. E é a única coisa que não volta atrás.
A vida é uma cruel vilã. É uma ladra, rouba muito de nós. Rouba o tempo, a beleza...
Ando e penso. O que devo fazer? É este o caminho carreto. É este? Andar, pensar e viver. Cansar. Andar e não parar. Parar se precisar. Mas não deixar de viver. Não deixar de amar. Sem pirar.
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