E então sua mão passou pelo pescoço dele. Enfim, o tão esperado momento! Sabia que quando conseguisse chegar a este ponto, tudo estaria completo. Engano seu, terrível engano. Só o que restou foi o perfume em sua mão direita. Sua lembrança que por alguns minutos, aliás, por algumas horas, se fez eterno. Lembrava daquele momento como... como se fosse a última vez que pudessem estar juntos. Não, isto não pode ser! Queria repetir aquele momento, na verdade aquela noite, por várias vezes. Já algum tempo que não se sentia assim.
Agora então algumas coisas faziam sentido. Outras, já nem tanto. Que diferença faz... A única coisa que lhe incomodava era a confusão que criara em sua cabeça. Seria isso certo? Por que parecia tão errado? Não podia ser...
Lembranças, vontade de voltar no tempo e mudar a história, um pouco de angústia, semi lágrimas em seus olhos.
A única coisa que conseguia fazer era balançar sua mão em frente ao seu nariz, fazendo com que aquele perfume, agora já suave, chegasse ao seu nariz, trazendo lembranças.
Mais uma vez grande confusão interna. Por que tudo aquilo? E por que agora? Muitas vezes não nos cabe o questionamento, e sim a aceitação. As coisas acontecem porque devem acontecer e pronto!
E pensar que talvez TODAS essas emoções pudessem tornar se APENAS lembranças novamente. Era tudo o que não queria. Precisava disso tudo. Queria isso tudo. De novo. E pra sempre.
Um comentário:
E assim ele virava as costas. Com remorço e lágrimas de esgueio. Um sorriso disfarçado. Sentia ainda o peso da mão direita no pescoço e sorria ao olhar no espelho enquanto ausência. Um sorriso brando. Como fomos felizes repetia ao som da música em que costumavam ouvir juntos. Sentia tudo e ausência. Saudade daquele olhar que me intrigava de canto em meio ao sorriso acanhado. E fomos felizes. Por intantes curtos. Outros longos. Imensamente felizes.
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